Trabalhadores alagoanos denunciam trabalho escravo em fazenda de café

Redação - 24/05/2018 - 05:53


Um grupo de 38 alagoanos recrutados para trabalhar em uma colheita de café no distrito de Caraíva em Porto Seguro denunciaram ao Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) terem sido vítimas de trabalho análogo a escravidão, além de terem sido abandonados sem dinheiro na rodoviária de Itabela. O dono da propriedade, que não foi identificado, ainda não foi localizado.

De acordo com as informações, os trabalhadores chegaram à Bahia no último dia 16/05, vindos da cidade de Murici/AL. Eles contaram que o proprietário da fazenda prometeu que eles teriam direito a alojamento, material de trabalho, alimentação e remuneração diária de até R$ 100.

Entretanto, quando chegaram ao local perceberam as condições precárias, já que na casa não havia banheiro e todos tinham que dormir no chão. Eles ainda informaram ao MPT que tinham que pagar pela água, comida e dormitório e eram ameaçados por homens armados.

Os trabalhadores ainda disseram que o valor pago a eles era bem menor do que aquele que havia sido prometido. Além disso, os homens também denunciaram a falta de equipamentos de proteção.

Segundo o MPT, o grupo se recusou a trabalhar em condições tão precárias e então o proprietário da fazenda deixou todos os homens na rodoviária de Itabela na última segunda-feira (21). Desorientados e sem recursos, os trabalhadores procuraram a Assistência Social da prefeitura da cidade de Itabela, que ao tomar conhecimento da situação,  a secretaria de assistência social Kamile Vieira, acionou MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Uma auditora do MPT e uma procuradora se dirigiram até a assistência social onde conversaram com os trabalhadores e os encaminharam á uma pousada, que será paga pelo MPE. A alimentação ficou a cargo da Prefeitura de Itabela.

Segundo o MPT, que está aguardando a liberação do seguro-desemprego dos trabalhadores para que estes possam retornar para suas casas. O órgão ainda está investigando as condições dos contratos para confirmar se os trabalhadores foram mesmo vítimas de situação análoga à de escravidão.

Com informações do G1/Bahia

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