BA é estado do país com maior número de mortes violentas de jovens entre 15 e 29 anos desde 2009, aponta estudo.

Redação - 06/06/2018 - 16:31


O governo da Bahia Rui Costa não teve um bom dia nesta terça-feira (5/6). A divulgação do Atlas da Violência 2018 mostrou dados negativos, a exemplo da primeira posição no número de mortes de jovens  causadas por arma de fogo.

Os dados do atlas são referentes a 2016, porém mostram a evolução da violência na Bahia em 10 anos. No entanto, mesmo com os dados publicados, a SSP-BA contesta as informações e sugere que houve redução dos índices de mortes violentas em 2018.

Foi divulgado na mesma data, a Bahia é o segundo estado que mais mata mulheres, em números absolutos. De acordo com o Atlas da Violência 2018, divulgado nesta terça-feira (5/6), foram 441 homicídios em 2016, o que equivale a 5,7 mulheres assassinadas a cada 100 mil habitantes do estado.

A Bahia perde em número apenas para São Paulo, onde foram registrados 507 homicídios de mulheres no mesmo ano (2,2/100 mil). Produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o levantamento aponta ainda um crescimento de 81,5% no número de homicídios de mulheres na Bahia, entre 2006 e 2016.

O número é cinco vezes maior do que o aumento observado no Brasil, de 15,3%. O texto explica que não é possível identificar a parcela que corresponde a vítimas de feminicídio, já que não há informações sobre este tipo específico de crime na base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade.

"No entanto, a mulher que se torna uma vítima fatal muitas vezes já foi vítima de uma série de outras violências de gênero, por exemplo: violência psicológica, patrimonial, física ou sexual.Ou seja, muitas mortes poderiam ser evitadas, impedindo o desfecho fatal, caso as mulheres tivessem tido opções concretas e apoio para conseguir sair de um ciclo de violência", acrescenta o documento. No detalhamento por raça, em um universo de 100 mil habitantes, o número de homicídios de mulheres negras na Bahia (5,9) é 1,73 vezes maior do que o registrado entre não negras (3,4)

Além dos números da violência, o governo enfrentou ainda um parecer pela rejeição das contas de 2017 no âmbito do TCE. As contas foram aprovadas e com ressalvas.

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