Ministro diz que vazamento de conversas de Moro e força-tarefa da Lava-Jato é violação criminosa

Giro de Noticias - 06/07/2019 - 11:16


Em meio ao vazamento de conversas do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, e membros da Operação Lava-Jato, o ministro Luís Roberto Barroso classificou o caso como “violação criminosa de comunicação privada”. Ao ser questionado diretamente sobre o episódio, Barroso defendeu a Lava-Jato. No entanto, afirmou que juiz só se manifesta no fim do processo:

Eu sou juiz. Juiz fala ao final. Não no início, nem no meio. A única coisa que eu sei é que houve uma clara ação de violação criminosa de comunicação privada. Eu queria saber qual família resistiria a dois anos de violação de comunicação privada?, indagou o ministro.

Nesta sexta-feira, novos diálogos atribuídos a Moro e a procuradores da força-tarefa da Lava-Jato foram divulgados pela revista “Veja”, em parceria com o site The Intercept Brasil. De acordo com a reportagem, Moro teria alertado sobre a inclusão de uma prova em um processo contra o operador de propina Zwi Skornicki; orientado o MPF sobre datas de operações — uma delas ligada a ação contra o pecuarista José Carlos Bumlai — e feito pressão contra a negociação de delação premiada do deputado cassado Eduardo Cunha.

Mais cedo, Barroso havia dito, sem citar os vazamentos, que há “uma imensa articulação para desacreditar tudo aquilo que foi feito”, mas demonstrou otimismo em relação à possibilidade de retrocessos no combate à corrupção.

Creio que nada será como antes.

Por fim, Barroso ainda fez críticas ao judiciário brasileiro, que, na sua visão, presta um serviço ruim à sociedade.

Um sistema de Justiça desmoralizado é ruim pra todas as partes, advogados, juiz. Temos que acabar com a naturalização do processo que dura dez anos. Isso faz parte de sistema que não funciona. Se levar 20 anos não é justiça, afirmou.

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