Entenda: o que muda com a decisão do STF sobre prisão após o fim de recursos

Giro de Noticias - 08/11/2019 - 08:37


RIO — O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que condenados só podem ser presos após o trânsito em julgado de processos, ou seja, quando não for mais possível apresentar recursos no processo.

Entenda o julgamento:

O que foi decidido?

O Supremo decidiu, por 6 votos a 5, que réus só podem ser presos após esgotadas todas as possibilidades de recurso (trânsito em julgado). Além de orientar o entendimento futuro de juízes em todo o país sobre o tema, o julgamento determina que réus que já estão presos sejam postos em liberdade e aguardem o julgamento na última instância.

Como o julgamento afeta o caso do ex-presidente Lula?

Com a decisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser solto e aguardar o julgamento do recurso extraordinário no Supremo. O ex-presidente foi preso em abril de 2018, após ser condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do tríplex do Guarujá (SP). Após um recurso apresentado pela defesa do petista, o caso foi julgado em abril deste ano pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando a condenação foi mantida e a pena diminuída de 12 anos e um mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Ainda assim, cabe recurso à decisão ao STF.

Quando Lula deverá ser solto?

O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, disse à coluna de Bela Megale, que não fará nenhum pedido nesta quinta-feira. Ele afirmou que, antes de qualquer providência, vai falar com seu cliente.

Após conversar com o ex-presidente, Zanin deverá encaminhar um pedido à Vara de Execução Penais de Curitiba solicitando que Lula seja colocado em liberdade com base na decisão do Supremo.

Quem mais será beneficiado?

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram expedidos 4.895 mandados de prisão para condenados em segunda instância. Em tese, eles podem ser beneficiados com a decisão do Supremo. Mas, dependendo do caso, mesmo com a decisão do STF, o juiz do caso poderá decretar uma ordem de prisão cautelar (antes do trânsito em julgado). Deste modo, o entedimento da Corte não beneficiaria detentos que também cumprem prisão preventiva ou temporária, como o ex-governador Sérgio Cabral  e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que também cumprem prisão preventiva (sem prazo para terminar).

WhatsApp Giro de Notícias (73) 98118-9627
Adicione nosso número, envie-nos a sua sugestão, fotos ou vídeos.


Compartilhe:

COMENTÁRIOS

Nome:

Texto:

Máximo de caracteres permitidos 500/



BRASIL TERRA DE NINGUÉM....
marcos caldin