STF abusou de seu poder ao barrar diretor da PF escolhido por Bolsonaro

- 04/05/2020 - 06:58


Poucas horas antes da cerimônia prevista para dar posse a Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal nesta quarta-feira (29/04), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes vetou a nomeação por entender que há indícios suficientes de que o presidente Jair Bolsonaro o escolheu com intuito de intervir em investigações.

A decisão provocou forte reação de apoiadores de Bolsonaro, que acusam o STF de invadir poderes garantidos legalmente ao presidente.

"Nunca se viu tanta interferência em um governo em uma democracia", criticou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais fiéis defensoras de Bolsonaro no Congresso, ao comentar a decisão de Moraes.

A questão dividiu especialistas ouvidos pela BBC News Brasil. Para o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, Moraes agiu corretamente ao preservar os princípios da moralidade e impessoalidade da administração pública previstos na Constituição.

Já os professores de Direito Eloísa Machado (FGV) e Rafael Mafei (USP) criticam a escolha de Ramagem para a direção da PF, mas veem problemas legais no caminho adotado pelo ministro do STF para impedir a nomeação.

WhatsApp Giro de Notícias (73) 98118-9627
Adicione nosso número, envie-nos a sua sugestão, fotos ou vídeos.


Compartilhe:

COMENTÁRIOS

Nome:

Texto:

Máximo de caracteres permitidos 500/



Para termos uma igualdade de condições, já que não vale pra um, não deve valer pro outro! Assim sendo, as indicações dos supremos, todas deveriam ser revistas e concertadas! Haja visto que; é óbvio que para ser juiz supremo, primeiro deveria-se ser juiz, e não poderia ser indicação, e sim posse por mérito! E ainda mais, está vigência absurda do cargo! Deveria ser de no máximo 8 anos, e sem título de ministro! E mais ainda! Deveríamos , moralizar os gastos desta corte, que afronta toda população!
Edson Medeiros da Costa!