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O ex-chefe da defesa civil e servidor público de carreira no município de Itabela, Ionan Toscano Gallo, falou com a reportagem do giro de notícias. A entrevista aconteceu na manhã desta quarta-feira,13/03/2024, para esclarecer sobre um projeto de R$ 12 milhões, através da Funasa para a implantação do sistema de esgotamento sanitário na cidade de Itabela.
Segundo Ionan, este projeto foi iniciado em 2005, na gestão do ex-prefeito Junior Dopé, em outra gestão, o projeto ficou parado e retomado em 2013, novamente no mandato do ex-prefeito Junior Dapé.
Em 15/10/2013, houve avanços no projeto, no valor de R$12 milhões, vistoria técnica da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) conduzida pela engenheira do programa foi realizada. A vistoria também contou com a participação do técnico do SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), e da engenheira da administração Gilmara Bertoldi.
O projeto foi implantado para a coleta e tratamento de esgoto nos bairros, Dapezão, Ubirajara Brito, Bandeirantes e Pereirão. Visando atender na primeira etapa cerca de uma população estimada em mais de 8 mil pessoas.
A equipe técnica em 2013, avaliou as áreas de alagamentos e o terreno para a construção da obra de tratamento que ficaria em uma propriedade rural próxima da cidade no bairro Pereirão. O projeto foi aprovado já no final do mandado do ex-prefeito Junior Dape, ficando a execução do projeto para o próximo gestor com menos de 5% de pendencias a serem resolvidas.
De acordo com a equipe técnica o projeto era muito bom e o município deveria segui-lo à risca, pela parte técnica, ele já saiu do estado liberado, cabendo apenas em Brasília a liberação do recurso que após aprovado, a previsão é iniciar as licitações já em janeiro do ano seguinte.
Em 2017, logo que o atual prefeito, Luciano Francisqueto, assumiu o mandato, ele na companhia do servidor público, Ionan Galo, foram na Funasa em Salvador para a retomada do projeto e que foi revitalizado e reiniciado.
De acordo com Ionan, o atual prefeito deu seguimento no projeto junto a FUNASA, o foi revisto e assegurou os recursos necessários para a primeira fase do projeto. Más ouve falta de vontade de executar o projeto nesta primeira etapa. O projeto chegou a obter as licenças ambientais para construir sistema tratamento com a bacia de decantação.
Ainda segundo Ionan, o recurso do projeto na ordem de R$ 12 milhões foi liberado para o município de Itabela, mas ouve negligência por parte da equipe técnica e da gestão para a execução da obra que é de suma importância para os moradores destes bairros citados, que toda as vezes que chove ruas e casa ficam alagadas.
Ionan chegou a dizer que por algumas vezes insistiu junto a gestão sobre o projeto, mas segundo ele, o gestor chegou a dizer que os recursos eram muito pouco para executar este projeto, por isso tinha medo de iniciar uma obra desta magnitude com pouco recurso.
Ainda segundo ionan, tentou convencer o gestor de iniciar a obra e buscar um aditivo junto ao governo federal, mas não obteve exito. Diante da demora em executar o projeto o recurso ficou parado, em 2020, o Senado aprovou a medida provisória que estabeleceu regras para resgatar recursos da União que não foram utilizados por estados e municípios dentro do pacote de apoio emergencial que não foram utilizados. De acordo com Ionan, com o resgate do recurso, o projeto foi extinto.
Sem as redes de esgoto e pluvial para escoamento das águas das chuvas, os pontos críticos vão continuar alagando e invadindo as casa dos moradores, os pontos críticos ficaram ainda pior após as obras de calçamento de algumas ruas sem fazer as redes pluviais, causando ainda mais alagamentos, como aconteceu no bairro Bandeirantes aonde as ruas Mamoeiro e Bela Vista que já não comportava o volume de água que vinha recebendo em dias de chuvas, a gora agravou ainda mais após o calçamento da rua João Pereira sem a rede para escoamento da água que acabo escorrendo para as ruas citadas.
Enquanto isso, as chuvas fortes continuam alagando vários trechos em ruas da cidade, causando transtorno e prejuízos aos moradores. Esta situação está incontrolável e os moradores cobram providencias urgente.
A cidade de Itabela com 31 anos de emancipação política, não possui uma rede de esgoto, apenas algumas redes de águas pluviais que são despejadas diretamente aos corpos de água da região. A cidade não possui nada de esgoto tratado, ou seja, toda a população de Itabela ainda faz uso de fossas. Apenas os residenciais, jardins Vitoria e Paquetá, dois empreendimentos particular tem redes de esgoto.
