Pele de tilápia pode ser usada para tratamento de queimaduras no Líbano

Giro de Noticias - 08/08/2020 - 12:16


Pesquisadores brasileiros do Projeto Pele de Tilápia da Universidade Federal do Ceará (UFC) querem doar um estoque de de 40.000 centímetros quadrados de pele de tilápia para ajudar no tratamento de queimados das vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano. A iniciativa é resultado do trabalho de cientistas do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), vinculado à UFC.

No Brasil, mais de 350 pessoas já passaram pelo tratamento com a pele de tilápia. O curativo comum exige que se aplique uma pomada no local machucado e a troca do curativo.

O material do peixe evita esse processo porque o colágeno facilita a cicatrização com a aderência à queimadura. Caso a doação aconteça, entre 50 e 100 pessoas poderiam ser beneficiadas. Para que o tratamento seja ampliado no Brasil, ainda falta a aprovação da Anvisa.

O curativo biológico de tilápia é usado em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus. De acordo com dados da UFC, o material diminui os procedimentos de troca de curativos, o que gera menos dor e desconforto ao longo do tratamento. Outro benefício é que a pele de tilápia tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. O uso da pele de tilápia também evita contaminação bacteriana e perda de líquidos por secreção de natureza inflamatória.

 

 

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