Novo relato leva polícia a procurar corpo de Eliza Samudio hoje

redação - 25/07/2014 - 22:16


Belo Horizonte - Quatro anos após o sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, o corpo da ex-amante do goleiro Bruno Souza, que é mãe de um filho dele, pode finalmente ser encontrado. Na quinta e surpreendente versão sobre o destino dado à vítima, o primo do jogador disse em entrevista à ‘Rádio Tupi’ que a jovem, então com 25 anos na época do crime, fora enterrada perto do Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). A polícia mineira começa a partir das 9h desta sexta-feira, mais uma busca aos restos mortais de Eliza, no terreno indicado por Jorge Luiz Rosa Sales, em depoimento na quinta-feira. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa convocou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (MG) para dar o apoio na operação.

“As informações que ele deu são cabíveis de verificação. Mas isso não muda em nada a situação de quem já foi julgado e condenado”, afirmou o delegado Wagner Pinto, referindo-se aos três condenados pela morte da modelo: Bruno, acusado de ser o mandante do crime; o ex-amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela execução e ocultação do corpo de Eliza.

Jorge viajou ontem mesmo para a capital mineira, escoltado em viaturas descaracterizadas da PM do Rio. Seu novo advogado, Nélio Andrade, pediu apoio à corporação porque Jorge diz temer ser morto. O primo de Bruno levou o defensor ao terreno onde o corpo estaria enterrado antes de se apresentar à polícia mineira. Nélio Andrade contou que Jorge resolveu falar o que sabia porque entrou para igreja evangélica.

“O arrependimento e o apoio de um tio fizeram ele falar. De 0 a 10, ele tem certeza absoluta do que contou. Tenho um nome a zelar, se não acreditasse nele, eu não faria nada”, afirmou o advogado, acrescentando que o rapaz — que cumpriu medida socioeducativa pelo crime quando era menor — não vai entrar em programa de proteção à testemunha.

Bruno, Bola e Macarrão foram condenados pela morte de Eliza, em 2010: crime teria sido cometido porque goleiro não queria assumir filho

O terreno fica a cerca de 13 quilômetros de Vespasiano, cidade onde Bola morava e, de acordo com o Ministério Público, local da morte. Jorge afirmou que a vítima não foi esquartejada, como contou anteriormente. “A mão dela foi cortada ainda em vida e decepada com uma faca de açougueiro, depois de morta. O corpo foi enrolado em um lençol e lacrado em um saco preto”, garantiu.

Assistindo ao crime, ele disse que segurava no colo Bruninho, filho do jogador com a modelo, cujo valor da pensão alimentícia originou a desavença. “O menino chorava muito. Parecia que sabia que a mãe estava sendo morta”. O local teria sido indicado por Bola. Jorge afirma que um buraco profundo, cavado por trator, estava aberto. “Tiramos o corpo da mala do EcoSport, da avó de Bruno, e jogamos terra por cima”, garantiu.

Ao longo das investigações, Jorge Luiz Rosa Sales mudou sua versão sobre o crime várias vezes. Ele, que chegou a contar com proteção policial por ter fornecido detalhes do crime, sustentou, nos primeiros depoimentos, que o corpo de Eliza teria sido esquartejado e dado como comida a cães da raça rottweiler. O que sobrou teria sido concretado em uma parede.

A retroescavadeira chegou a escavar um buraco com cerca de três metros, mas nada de relevante foi encontrado, de acordo com delegado Wagner Pinto. Somente alguns objetos foram achados durante os trabalhos. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, entre os materiais estaria uma luva.

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quem morreu esqueça tem que lembra de quem ta vivo
poha