A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) apreendeu na manhã de ontem (24) cerca de 500 kg de carne bovina abatida de forma clandestina no município de Itabela. A apreensão aconteceu após denúncia anônima feita na Coordenadoria Regional da Adab em Eunápolis.
Dois Fiscais Estaduais Agropecuários da Agência, dois auxiliares de fiscalização e dois policiais militares foram até uma fazenda no interior do município localizada nas imediações da cidade e deram o flagrante. Um dos infratores, que é dono de um açougue em Itabela, já havia abatido dois bovinos e venderia as carnes em seu próprio estabelecimento. “O órgão fiscalizador nos informou que esta prática ilegal era realizada com frequência pelo comerciante”, disse o Coordenador Regional da Adab de Eunápolis, Epaminondas Pexoto.
Em outra propriedade, o órgão fiscalizador flagrou momento em que o um animal era abatido, o dono e a carde foram conduzidos à delegacia de polícia civil. Na delegacia o proprietário contou que a carne era para consumo próprio. Sem documentação legal da origem do produto, ouve a apreensão e o proprietário prestou depoimento e liberado. Ele deve responder pelo crime com base na Lei podendo pagar multa de até três salários mínimos.
Durante a operação em Itabela, a Adab flagrou o que pode ser um grave problema, mais de cabeças de gados sem possuir o registro de controlado de irradicação exigido pelo órgão. Os donos terão um aprazo de dois dias para apresentar a documentação de origem destes animais, caso comprovado a irregularidade, os donos dos animais pode ser penalizados e receberá multa no valor de R$ 53,00 por animal.
Para o fiscal da Adab, Epaminondas Peixoto, a carne abatida de maneira clandestina representa um grande risco para a saúde do consumidor, podendo causar doenças como brucelose ou tuberculose. Ainda de acordo com o coordenador do órgão, outras operações, visando coibir o abate ilegal de carne no munícipio, deverão ocorrer nos próximos dias.
Segundo Epaminondas, Vigilância Sanitária do município foi acionada para inspecionar origens, documentação e a forma de armazenamento das carnes comercializadas no mercadão municipal de Itabela. “Em casos como esse a população pode participar ativamente, denunciando as infrações e exigindo dos estabelecimentos a nota fiscal que comprove a origem do produto”, acrescenta Epaminondas.
Uma reunião entre representante da Adab, vigilância Sanitária, açougueiros e representante dos poderes Legislativo e Executivo foi agendada para aproxima semana, uma forma encontrada para buscar uma solução para o problema.