A adolescente de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Morro da Barão, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio Janeiro, presta nesta sexta-feira um segundo depoimento à polícia.
A vítima chegou com o rosto coberto e chinelos à Cidade da Polícia Civil, onde mais cedo o chefe da corporação, Fernando Veloso, se disse 'perplexo' com a barbaridade cometida por 33 traficantes.
Ela está sendo acompanhada por um assistente social. A mãe da jovem afirmou que ela ainda está muito assustada.
A menor estuprada por 33 criminosos, usou as redes sociais para agradecer o apoio de milhares de internautas do país inteiro. C.B., de apenas 16 anos, passou a noite em casa com a família e, na manhã de hoje, modificou a foto de seu perfil, incluindo o lema que ganhou força nas últimas horas: "Eu apoio o fim da cultura do estupro". "Não, não dói no útero. Dói na alma", afirmou a jovem. "Realmente pensei que seria julgada mal, mas não fui."
Mais de 5 000 pessoas curtiram sua postagem no Facebook e centenas escreveram mensagens de solidariedade à adolescente em apenas duas horas: "Muita força pra você!! As mulheres do Brasil todo estão do seu lado", escreveu uma jovem do Rio de Janeiro. Outra, de Fortaleza, acrescentou: "Essa luta não é só sua. É nossa! Não se sinta sozinha flor. Vai dar tudo certo".
Em nota, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, repudiou o ato de violência praticado contra a menor e se colocou "à disposição da SSP/RJ para auxiliar nas investigações" e afirmou que "discutirá na próxima terça feira com os Secretários de Segurança do País o tema violência contra a mulher". "O estupro representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido.", afirmou Moraes.