Bandidos aproveitam falta de policiamento para cometer crimes em Vitoria ES.

redação - 07/02/2017 - 09:03


Desde às 8h30 da manhã de sexta-feira (03/02) sem policiamento por conta da manifestação dos familiares dos policiais em frente ao 10º Batalhão da Polícia Militar, que pedem aumento salarial e que outros direitos dos PM’s sejam respeitados pelo Estado, comércios e a população estão sendo vítimas de assaltos e arrombamentos constantes na grande Vitoria e outras cidades.

Na noite de sábado, dia 04 de fevereiro, bandidos quebraram a vitrine da loja Itapuã em Muquiçaba, e levaram diversos pares de calçados. A vitrine está com um tapume e no balcão onde os calçados ficavam ainda é possível ver o pedaço de pau usado pelos criminosos para quebrar a vitrine.

Também na noite de sábado um arrastão gerou pânico aos clientes da Feira da Onda, na Praia do Morro. Rodrigo Roque tem uma loja na feira e relatou como tudo aconteceu. “Foi por volta de dez horas. O pessoal saiu de lá de traz gritando arrastão, arrastão. Uma multidão saiu correndo, pessoal passando por cima das crianças e chorando. Todo mundo entrou nos carros e foi embora. Não deu nem para saber se alguém se machucou. Depois o comércio fechou e foi todo mundo embora. Hoje ninguém sabe ainda se vai funcionar”, disse.

A lojas Ricardo Eletro também foi vítima da ação de bandidos. Por volta de uma hora da manhã deste domingo, dia 05 de fevereiro, eles fizeram um buraco em uma parede lateral da loja e levaram diversos aparelhos. Segundo um pedreiro que estava no local refazendo a parede e pediu para não ser identificado, os criminosos só não levaram mais coisas porque tinham que pular uma grade de antigo um lava jato, ao lado da loja para fugir com os objetos e muita coisa ficou quebrada.

“Tentaram levar bastante coisa, deixaram espalhado aqui e o gerente  chegou e conseguiu recuperar um pouco, mas muita coisa levaram. Veio o patrulheiro e colocaram a arma nele e mandaram ele ir embora. O prejuízo foi grande. Tentaram levar bastante coisa e não conseguiram levar tudo porque tinha que pular  a grade aqui. Levaram tv, notebook, celular, som, de tudo que puderam levaram, muita coisa mesmo”, relatou o pedreiro.

Na delegacia da cidade as ocorrências não param de chegar. Segundo a delegada de plantão, Milena Chaves, no plantão de fim de semana geralmente são registradas ameaças, vias de fato e violência doméstica, mas na manhã de domingo mais de 10 assaltos foram registrados.

Familiares continuam bloqueando a entrada do batalhão de Guarapari. Foto: Rafaela Patrício. “Estamos aqui em três horas de serviço e foram registradas mais de 10 assaltos a mão armada. A gente vê que a população está muito temerosa. Arrombamento também aconteceu muito. A cidade está menos policiada então aconteceu tudo isso por volta da noite e as ocorrências foram registradas agora pela manhã”, disse a delegada.

Entres os crimes registrados está o roubo de uma moto em que dois homens armados renderam o dono do veículo, em frente a um açougue em Muquiçaba. O roubo de um celular de uma comerciante na Praia do Morro, que levou uma facada no braço porque inicialmente se recusou a entregar o aparelho. O furto de um reboque de um metro e oitenta de altura novo e ainda sem placa, que estava estacionado na rua, em Muquiçaba. O roubo de um carro, relógio e carteira com dinheiro e cartões de um homem, em Nova Guarapari.

A polícia também registrou o roubo de um celular de uma mulher que participava da Corrida Espírito Santo Runner, na Praia da Areia Preta. O roubo de um Fiat Pálio, celular, carteira e pasta com documentos escolares de uma mulher na porta de casa, em Anchieta. Os bandidos ainda abandonaram a moto que usavam no local. O roubo de um celular e carteira de um homem que estava no ponto de ônibus, em Kubitschek. O roubo de 2 celulares, joias, carteira com dinheiro e documentos de um motorista de um ônibus que vinha de Belo Horizonte e foi confundido pelos bandidos com o gerente do Mc Donald’s.

A delegada aconselhou as pessoas a evitarem sair de casa neste momento. “As pessoas devem fazer a ocorrência, mas a gente também pede para que evitem sair de casa e só sair no caso  de extrema necessidade porque muitas pessoas aproveitando desse evento. Também é importante vir a delegacia registrar a ocorrência, se não puder vir hoje pode vir  durante a semana. A gente está aberto 24 horas também, então se não puder vir pela manhã, pode vir à tarde ou à noite. Mas o que a gente pede é muita cautela, atenção e ficar sempre se vigiando”.

Mesmo com tantos crimes acontecendo na cidade ainda não existe previsão de quando os policiais vão voltar as ruas. As mulheres dos PM’s passaram a noite acampadas em frente ao batalhão e dizem que vão continuar lá até terem suas reivindicações atendidas.

 “Trinta mulheres passaram à noite, agora pela manhã tem umas cinquenta. A gente não vai parar. Ontem tivemos três representantes na reunião com o secretário, mas o governador não compareceu na reunião. Vamos ficar aqui até o governador falar com a gente. Os policiais estão aí dentro e ninguém saí. Nós não estamos felizes com o que está acontecendo porque nós também somos a população, mas também não estamos felizes com a situação que os policiais estão vivendo”, disse a esposa de um policial que se identificou apenas como Jéssica.

A esposa de outro policial, que não quis ser identificada, relatou que na reunião com o secretário de Segurança Pública, André Garcia, não foi feita nenhuma proposta para elas. “Não teve acordo. Ele só queria iniciar um diálogo. Não teve nenhuma proposta. Apenas quiseram inciar um diálogo para saber por quanto tempo ocorreria a manifestação e entender o que nós queríamos. Marcaram uma nova reunião para segunda-feira à tarde”

O Exército começou a atuar nas ruas da Grande Vitória na tarde de segunda-feira (6). Eles foram acionados por causa da grande quantidade de atos criminosos ocorrendo desde sábado (4), quando famílias de militares começaram a impedir a saída de viaturas, paralisando o policiamento. A Grande Vitória registrou 62 mortes violentas desde o início dos protestos, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a partir desta terça-feira (7), 1200 homens das Forças Armadas e Nacional estarão nas ruas de todo o Espírito Santo.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, chegou a Vitória na tarde de segunda-feira (06) para acompanhar de perto a situação no estado.

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com as policias nas ruas, tem crimes todos os dias, imaginem sem elas. so DEUS para nos salvar.
É o nosso brasil!

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