Os moradores das casas, sítios e chácaras vizinhas da Estrada do queimado na saída da cidade de Itabela estão reclamando dos ossos, sangue e outros restos orgânicos de animais de açougue que são jogados como lixo nas duas margens da rodovia.
O material está sendo despejado nos encostamentos e mesmo em partes da pista, o que tem atraído um grande número de urubus ao local. Assim, resta à população da área ter de agüentar o forte cheiro do lixo orgânico e manobrar de carro para desviar dos ossos e das várias aves negras na estrada.
De acordo com uma moradora, há vários anos que os açougues da cidade têm jogado as sucatas de animais (porco, boi, vaca, carneiro, peixe e até cão e gato de rua) na estrada. Com isso, vários moradores já se evitam transitar pelo local por causa do odor horrível e temem doenças geradas pela sujeira e pela poluição ambiental destas sobras de bichos.
“A situação está ficando pior por aqui, pois estão despejando uma quantidade cada vez maior destes restos orgânicos. O cheiro é insuportável e há muitos urubus que estão fazendo a festa com tudo isso. Muitos mesmo. E estão começando a tomar conta da pista. Um dia um bando arranhou um carro inteiro e ainda quebrou os retrovisores. Outra vez um carro quase acertou uma ninhada destas aves. Por isso, eu quero pedir ao poder público que avalie e busque uma solução para este problema”, apelou um morador.
A respeito do apelo, o morador não reclama de nada da atuação da gestão pública. Segundo ele, a prefeitura tem feito o seu trabalho de limpar a sujeira destes poluidores constantemente. Porém, enquanto não se empenharem em montar uma vigília para apanhar e multar os infratores do açougue, nada será resolvido. Desta forma, moradores atuais e os novos da região continuarão correndo riscos diários de acidentes e doenças.
“Certa vez, um carro quase bateu depois de passar em cima de um osso. Outro teve o pneu rasgado e quase capotou. Eu sei que é difícil apanhar as pessoas que jogam esse lixo aqui, pois eles vêm em horas desertas, de madrugada. No entanto, eu insisto que devemos nos esforçar mais em apanhá-los para acabar de vez com isso, antes que um mal maior seja causado”, alertou um morador preocupado.