Tesoureiro do PT esteve em empresa de doleiro, diz PF

Redação - 13/08/2014 - 17:42


Tesoureiro do PT esteve em empresa de doleiro, diz PF
Um mês antes de a Polícia Federal realizar prisões e buscas da Operação Lava Jato, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, esteve na sede de uma das empresas usadas pelo Alberto Youssef num esquema bilionário de lavagem de dinheiro, segundo as investigações. Questionado sobre sua presença na GFD Investimentos, em São Paulo, Vaccari admitiu conhecer Youssef e que foi ao local para encontrá-lo. Disse que foi embora ao saber que o doleiro não estava.

O petista afirmou “não ter relacionamento” com o doleiro, mas não explicou a razão pela qual foi procurá-lo. O relatório de investigação da PF reproduz o registro de entrada e saída de Vaccari na sede da GFD na manhã do dia 11 de fevereiro deste ano. A Lava Jato foi deflagrada em 17 de março, quando cinco doleiros foram presos, entre eles Youssef.

Depoimento sobre propina no MA é enviado ao STJ
O juiz federal Sergio Moro enviou ao Superior Tribunal de Justiça nesta terça (12) o depoimento da contadora Meire Poza, que trabalhou com o doleiro Alberto Youssef, no qual ela diz que o governo do Maranhão pagou precatório de R$ 120 milhões à empreiteira Constran após políticos e servidores receberem R$ 6 milhões de propina. O Estado é governado por Roseana Sarney (PMDB).

O depoimento foi enviado ao presidente do STJ, ministro Felix Fischer, porque governadores só podem ser processados por essa instância. Se o STJ considerar que há indícios de crime da governadora, poderá abrir uma ação penal contra Roseana. A contadora é tida pela Polícia Federal como a principal testemunha do esquema de suborno do doleiro. Segundo ela, a própria governadora recebeu R$ 300 mil de propina da Constran.

Agência federal manda SP liberar mais água
Técnicos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) avaliam como inevitável uma punição à companhia energética de São Paulo, a Cesp, após a decisão do governo paulista de limitar a quantidade de água destinada à produção de energia sob a justificativa de priorizar abastecimento humano. Nesta terça-feira (12), a agência notificou oficialmente a companhia, ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), para que ela aumente a quantidade de água enviada da represa do rio Jaguari, onde ela opera uma usina hidrelétrica, para o rio Paraíba do Sul. Deu 15 dias para ela apresentar sua versão.

Segundo a Folha apurou, representantes da agência avaliaram que apenas uma medida mais drástica evitaria que outras companhias seguissem o exemplo da Cesp, desencadeando um efeito dominó capaz de gerar colapso no sistema elétrico. A punição pode ser advertência, multa de até 2% do faturamento anual e até a retirada da concessão da usina. Integrantes do governo Dilma Rousseff (PT) dizem que inclusive uma intervenção não pode ser descartada.

Planos de saúde submetem idoso a consulta médica antes de aceitá-lo
Ao menos 5 das 20 maiores operadoras que atuam na cidade de São Paulo submetem idosos a consulta médica prévia – uma delas exige também exames – antes de aceitá-lo como cliente, aponta pesquisa do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). As empresas chamam isso de “entrevista qualificada” e dizem que ela não é obrigatória. Para o Idec, a avaliação médica prévia acaba sendo um condicionante para a contratação do plano e é ilegal.

Campos diz não ver erro em articular ida de mãe ao TCU
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou que não vê “nada de errado” em seu empenho pessoal para eleger a mãe, Ana Arraes, como ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), em 2010. À época, o presidenciável era governador de Pernambuco e foi o principal articulador da candidatura da então deputada federal à vaga vitalícia em um dos cargos mais cobiçados da Esplanada.

Em entrevista ao vivo nesta terça-feira (12) no “Jornal Nacional”, da TV Globo, Campos minimizou sua influência na eleição da mãe. Questionado se considerava ser “um bom exemplo para o país” ter usado “seu prestígio e poder em uma campanha para que um parente ocupasse um cargo público e vitalício”, disse que “simplesmente torceu para que ela ganhasse”. A atribuição do TCU é fiscalizar o governo federal.

Genoino deixa prisão para cumprir o resto de sua pena em casa
O ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do antigo PL (atual PR) Jacinto Lamas deixaram o presídio da Papuda na manhã desta terça-feira (12) e, após uma audiência na Vara de Execuções Penais, foram autorizados a cumprir o restante de suas penas em casa, no chamado regime aberto.

Condenado a 4 anos e 8 meses de prisão pelo crime de corrupção no processo do mensalão, Genoino poderia deixar o presídio e iniciar a pena em regime aberto após cumprir um sexto de sua pena, no dia 24 de agosto. Mas, como ele trabalhou na biblioteca da Papuda e fez cursos enquanto estava preso, abateu alguns dias de sua pena e pôde antecipar sua saída.

Fonte: Folha de São Paulo

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