Membro da executiva nacional do PMDB e presidente estadual da sigla, o ex-ministro Geddel Vieira Lima pediu um posicionamento do governo – e do próprio partido – sobre a indicação do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, citado pela imprensa como vinculado ao PMDB. “Eu tenho 30 anos de militância partidária e nunca ouvi falar desse cidadão”, garantiu o peemedebista ao Bahia Notícias nesta segunda-feira (17).
O lobista está foragido após a Polícia Federal deflagrar a sétima fase da Operação Lava Jato, na última sexta (14). Segundo Geddel, em conversa com o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, houve o indicativo de que a legenda fará uma manifestação formal, “deixando bem claro que esse cidadão (Fernando Baiano) não tem nenhum vínculo com a instituição partidária”. “Se ele tiver alguma ligação individual, que diga quem foi que o indicou”, reclamou Geddel.
De acordo com o dirigente, situação similar acontece com o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que também é apontado pela imprensa e pelo governo como uma indicação do PMDB para a petroleira, porém sem “deixar claro” de onde partiu tal indicação.
“Eu estou, da mesma forma que estou cobrando do partido e do governo que diga quem do PMDB indicou Nestor Cerveró para a Petrobras. Existe alguém que vai lá e indica. Quem foi que indicou?”, questiona o ex-ministro.
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias