Manobra da Veracel pode desencadear acirramento de conflito agrário no extremo Sul da Bahia.

Redação - 28/01/2016 - 10:43


Os trabalhadores denunciam que têm sofrido perseguição e ameaças de pessoas ligadas a multinacional Veracel Celulose – uma das maiores produtoras de celulose do Brasil. O fato chegou ao conhecimento da imprensa no final da última semana, quando foi cumprida uma ordem de despejo das 74 famílias acampadas em uma área localizada as margens do Rio Buranhém, região conhecida como estrada do “cavaco seco” no Município de Eunápolis.

Já dura mais de dois anos o processo de resistência de um grupo de trabalhadores rurais sem terra que ocupa a área de cerca de 434 hectares na zona rural de Eunápolis, município do extremo Sul da Bahia, a mais de 600 quilômetros da capital Salvador. Entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, cerca de 150 pessoas vivem no local denominado, associação remanescente (nome dado ao acampamento) com a expectativa de ter garantido a terra própria.

Porém, os problemas enfrentados pela comunidade para conseguir realizar o sonho têm sido muitos e bastante árduos. Desde que chegaram ao acampamento, eles têm tentado convencer o Governo do Estado da Bahia a assinar o documento oficial de doação do terreno, já que toda a área estava improdutiva. Ou seja, o acampamento está localizado em terras que pertencem a empresa Veracel, mas não vinha produzindo nada há mais de 7 anos, diz um assentado

Segundo o trabalhador e Ex-Presidente da Associação Remanescente, Gildazio Dutra de Souza ligado a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – (FETAF) têm lutado contra um inimigo forte e poderoso: trata-se da Veracel Celulose – uma empresa multinacional, com sede na Europa, nos países Suécia e Finlândia, e que figura atualmente como um das maiores produtoras de celulose do Brasil. Com cerca de 300 mil hectares de área ocupada entre oito municípios do extremo Sul baiano, a empresa tem devastado as terras do extremo Sul da Bahia com a monocultura do Eucalipto.

Gildazio reclama da forma que a empresa agiu quando assinou a justiça e conseguiu uma ordem de despejo datada em 2014, cumprida no último dia 20 de janeiro de 2016. A empresa ordenou que funcionários da uma prestadora de serviço da mesma, Plantar, derrubassem barracos e cortassem plantação sem dar tempo para que os trabalhadores pudessem salvar parte de suas plantações e retirar os poucos bens que possuem.

Outra reclamação do trabalhador é o fato que a empresa despejou as 74 famílias que já estavam estaladas na área para recolocar outras familiais da FETAG. “É justamente aí que está iniciando um conflito agrário, a empresa perseguir os trabalhadores rurais da localidade para colocar no local, outras famílias de acampamentos em outras áreas de terra da empresa ocupadas há anos, a exemplo de um assentamento na divisa entre Eunápolis e Itabela, o que não é compreendido”, disse Gidazio

Segundo o denunciante, há pequena extensão de terra dentro da área da multinacional tinha muitas benfeitorias, como plantação de feijão, mandioca, café, urucum e grande produção de banana já próxima a ser colhida. “Mesmo dispostos à negociação a empresa não demostrou interesse a negociar com os moradores e preferiu expulsar os trabalhadores da região”, reclama ao denunciante.

A Redação do Site Giro de Noticias recebeu informações que outras famílias de assentamentos da FETAG-BA (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado da Bahia) acampadas em áreas da Veracel está sendo remanejadas  para a localidade onde houve o despejo.

Prova disso, o Sr. Wellington Santos presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itabela acompanhou a ordem de despejo e continua dentro do acampamento com cerca de 100 famílias só esperando a saída das familiais para  ocupar a área  de comum acordo com a Veracel Celulose.

No meio de toda essa confusão os trabalhadores do acampamento localizado na fazenda Amazonas perderam toda as sua benfeitorias de alimentos que chegariam  a mesa dos trabalhadores. A partir de um macro projeto de Sustentabilidade Econômica, os acampados trabalharam de forma organizada e sistemática para garantir a sustento de suas famílias, mas perderam tudo sem direito a nada.

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COMENTÁRIOS

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ESSE E UM MISERAVEL


VAI CHEGA UM CERTO TEMPO QUE AS PESSOAS SO VAI ALIMENTAR DE FOLHA DE EUCALIPTON PRINCIPALMENTE ELES DONOS DA VERACEL


UMA REFORMA AGRÁRIA É A SOLUÇÃO PARA UM PAÍS MELHOR. VIVA OS REVOLUCIONÁRIOS.
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vc cuidado welitom


Quando as pessoas vão se conta que nós nos chamamos ser humano,por que somos humanos,mas as vezes esquecemos disso,e acontece esse tipo de coisa ai,um querendo destruir o outro.
Itabelense

Não é vingança mas todo oportunista, mentiroso ou egoísta merece uma lição para aprender a ser mais humano.ta bom Sr. Wellington
Eunápolitano

HIPÓCRITAS! Pessoas oportunistas que vivem de fazer criticas aos seus semelhantes e na presença destes se dizem amigos e tentam tirar proveito da situação... Sr. Wellington lamento essa sua hipocrisia
Eunápolitano

Informo que o senhor tipo está enganando os trabalhadores de outra acampamento para vir acampar em uma área em troca de propina da veracel


E duro de ver uma homem que fala que e de Deus e dando risada das tragedia dos outros e a inda que apoia uma candidataa prefeita de itabela esse porqueira
Sonhador

Muito justo. Estes invasores oportunistas chegaram aqui depois de firmado o acordo com os grupos que já estavam desde 2007 na região.
Jorge Moreira

Este bandido do welligton vivi roubando do povo nos assentamentos,ele gosta muito de tomar dinheiro do povo,esse pilantra.
gordo

Isso é muito complicado, tenho amigos que nem querem mais esse tal sonho de ganhar um pedaço de terra. Isso é uma enrolada brava. Deus mim livre.
Diana Arrego

Editor burro não foi os trabalhadores da empresa plantar e sim da sollo florestal.a plantar já tais anos que foi embora daqui
corrigindo

triste ver este Wellington dando risada da miséria dos outros bem mais pobre que ele,ainda fica nas ruas fazendo campanha para joécelia
Moradora