Uma decisão tomada pela APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), núcleo Itabela, vem divergindo opiniões, a decisão está relacionada na forma sistemática na data de pagamento de servidores ligados a Secretaria de Educação. A mudança repentina penalizam mais de 6 mil alunos da rede municipal que somam só nesta semana dois dias sem estudar.
A decisão tomada pela APLB trata-se da data de pagamento que a décadas tem sido feito de acordo com as leis vigentes de que os pagamentos pode ser feitos até o 5º dia útil de cada mês. O sindicato decidiu durante uma assembleia realizada no mês passado com a categoria, que o vencimento dos servidores tem que ser pago dentro o mês.
Diante da decisão à categoria iniciou a primeira paralização na segunda-feira dia 2 de maio e retomou os trabalhos na terça dia 03 e voltando a paralisar nesta quarta-feira (04/05). Mesmo a prefeitura pagando os professores e deliberando o pagamento dos demais servidores, o chamado 40% para esta quarta-feira, as escolas amanheceram fechadas.
Uma das crianças que estão dispensadas das aulas na manhã desta quarta-feira conversou com a reportagem do Giro de Noticias hoje pela manhã. Segundo ela, essa situação atrapalha o aprendizado dos alunos e afirma que só este ano ela já ficou mais de 10 dias sem aulas e por motivos devassos.
“Os professores pensam no bem-estar deles, mas não pensam nas crianças”. Depois tem todo o trabalho de repor essas aulas no sábado. Não sabemos o certo de quem é a razão, de uma coisa temos a certeza esta situações os penalizam uma categoria, os alunos, disse uma mãe ao Giro de Noticias.
De acordo com o sindicato a paralisação dos professores de hoje ocorre em defesa de outros servidores administrativos da educação e confirma que os professores já receberam.
A prefeitura informou na terça-feira (03) que o pagamento dos servidores referente aos 40% da educação está sendo feito hoje quarta-feira. Em relação às exigências do Sindicato a prefeitura informou que o pagamento esta de acordo com o artigo 465 da CLT que determina o pagamento dos vencimentos em dia útil e que esteja à disposição do trabalhador até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Alega ainda, que a forma de pagamentos feita há décadas, está obedecendo a um acordo feito com APLB em 2013 e 2014.
“Fica evidente e notável que esta queda de braços entre a prefeitura e o sindicato como vem ocorrendo está prejudicando no aprendizado daquelas crianças que tem mais dificuldades em aprender”, contou uma educadora.
Para pessoas ligadas a educação e que não concordam com a paralização de hoje, acredita que além de atrapalhar o aprendizado das crianças, a paralisação também prejudica os pais. “Nós sabemos da necessidade que muitos pais tem de trabalhar e alguns não tem onde deixar essas crianças. Elas acabam nas ruas causando tumulto quando deveriam estar estudando”, disse.
A Reportagem do Giro de Noticias ainda não conversou com o presidente do sindicato, Valtim Lima Rodrigues.