Os professores da rede municipal de Guaratinga retornaram às salas de aula na última segunda-feira (20/03) após quebrar um acordo de paralização previsto para dez dias e que durou apenas três dias. A retomada das atividades vem após uma divisão de opinião entre a classe, muitos não concordaram com a decisão tomada em assembleia pela maioria dos presentes, onde ficou decidido paralisar as atividades pelo período de dez dias.
No último dia 10 de março,os servidores públicos da educação filiados a APLB em Guaratinga, se reuniram na sede do sindicato, onde decidiram atender a convocação feita pela CNTE e participar do movimento de Greve Nacional da Educação, de 15 a 24 de Março, os docentes assinaram um acordo com Sindicato Dos Trabalhadores Em Educação, que garantiu a volta das atividades depois dos dez dias. No entanto, o Sindicato interpreta que houve uma decisão dos próprios servidores de se reuni no final de semana e decidir pelo fim da paralização. Parte queria que a paralisação contra a (PEC) 287 que reformula as regras da previdência Social, fosse encerrada na próxima sexta-feira dia 24 de março, outra parte entendeu como exageroe decidiram pelo fim da paralização.
A decisão tomadas por parte dos servidores contrariou um outro grupo que não queriam voltar as salas de aulas e o acusou os colegas de ter quebrado o acordo.O Coordenador do sindicato da categoria Orlandi Pereira, avaliou a decisão legal por ter sido tomada pela maioria dos servidores em reunião no sabádo dia 18/03. O sindicado esclarece que os servidores tem a garantia de tomar a decisão desde que seja pela maioria, os professores decidiram voltar às salas de aulas em assembleia.
A assessoria da pasta confirmou que as atividades previstas para esta semana seguia cancelada.Professores contrários à decisão disseram que os colegas estão descumprindo documento que eles mesmos assinaram. Isso deixou todo mundo estarrecido, uma interpretação que não se justifica em momento algum, a ‘suspensão’ não é a mesma coisa que ‘encerramento’”, acrescentou uma professora a favor da continuidade da paralisação.
Uma professora que não quis se identificar alegou que os dez dias de paralização seria um período muito extenso e traria prejuízo para os alunos e graves consequências para os servidores, que seriam obrigados a trabalhar em pleno recesso, para a reposição das aulas."Sabemos que a causa não é só dos professores é de todos, apenas alguns comparece para as mobilizações. Votei por parar três dias e boa parte daqueles que votaram pelos 10 dias quase não aprece nas mobilizações" afirma.
De acordo com o coordenador Orlandi, na quinta-feira, dia 23, a mobilização com todas as delegacias e núcleos da regional sul que acontecerá em Eunápolis, APLB de Guaratinga estará presente.
Ainda de acordo com coordenador da APLB Orlandi Pereira, a nova decisão foi motivada por conta da falta de compromisso de boa parte dos filiados, que anteriormente decidiram por aderir ao movimento de greve e as demandas do sindicato, porém ficou claro nas primeiras ações do calendário de manifestações, que muitos filiados parecem não ter entendido a importância da causa, ficando a maioria, sem participar das ações propostas em assembleia, a exemplo da panfletagem sobre a reforma da previdência na Praça do Mercado Municipal de Guaratinga, que ocorreu no ultimo sábado com a participação de pouquíssimos servidores.
Informações Estevão Silva