Em busca de um nome

Giro de Noticias - 19/06/2017 - 07:48


Apesar de o presidente Michel Temer (PMDB) insistir que seguirá no cargo até o fim previsto para o seu mandato, em dezembro de 2018, a crise política em torno do governo não parece arrefecer. Com a delação de executivos da JBS, a consequente abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal e a iminente denúncia contra ele que será feita pela Procuradoria-Geral da República, a saída do peemedebista - por renúncia, afastamento pela Justiça ou impeachment pelo Congresso - deixou de ser uma possibilidade distante.

No cenário político brasileiro, entretanto, faltam nomes fortes para ocupar o posto. Em Brasília, partidos sem alternativas relevantes para a disputa conversam sobre possíveis candidatos para o caso de uma eleição indireta, na qual o sucessor de Temer seria escolhido por deputados e senadores, como determina a Constituição.

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Com as lideranças mais óbvias dessas legendas envolvidas em delações, passaram a ser especulados nomes que estavam distantes do protagonismo político há algum tempo e que, em tese, não imprimiriam mudanças marcantes ao governo até o pleito de 2018, principalmente em relação à condução das reformas econômicas.

Se esses “presidenciáveis” são (ou eram) personagens secundários no meio político, recebem ainda menos atenção do restante da população. A principal figura cotada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), só atraiu alguma curiosidade após a delação da JBS, em maio, por ser o primeiro na linha de sucessão, caso Temer não resista às denúncias.

Reportagem de VEJA, com base em resultados de buscas no Google, mostra como e por quais motivos variou ao longo do tempo a projeção de nomes cogitados para conduzir o país até as eleições de 2018. Em setembro do ano passado, quando assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal, as buscas por Cármen Lúcia chegaram ao auge. Em maio deste ano, com Temer emparedado pelas revelações da JBS, quem atingiu o pico de interesse foi Maia, seguido por outros cotados para uma eventual eleição indireta, como o ex-ministro Nelson Jobim, o atual chefe da Fazenda, Henrique Meirelles, e o senador tucano Tasso Jereissati.

Até o impeachment de Dilma Rousseff (PT), que colocou Michel Temer (PMDB) no poder, Fernando Henrique Cardoso havia sido o último fora do PT a ocupar a Presidência. Seu nome é constante nas buscas dos últimos 13 anos, entre os seis que ganharam relevância em discussões sobre possíveis eleições indiretas.

O ex-ministro da Defesa de Lula e Dilma, Nelson Jobim, também foi foco de alguma atenção quando ocupou o cargo, entre 2007 e 2011, mas sumiu das pesquisas dos brasileiros depois de deixar o governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a ministra do STF Cármen Lúcia estavam longe dos holofotes na década passada.

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