O risco de perder um parente desestabiliza famílias inteiras. Mas quando isso acontece em meio à espera por um Médico Neurologista, o sofrimento se mistura à revolta. Isso é o que esta acontecendo com a família da senhora Oledina de Souza França, 66 anos, moradora de Monte Pascoal, distrito de Itabela.
Por volta das 9h desta terça-feira (05), ela estava saindo do Hospital Municipal Frei Ricardo de Itabela, onde ficou internada por três dias e ao deixar aquela unidade de saúde sofreu uma AVC (Acidente Vascular Cerebral), ainda na porta do Hospital.
Socorrida e levada de volta ao pronto socorro, foi constatado que a paciente havia sofrido um acidente vascular cerebral. O tratamento que deveria ser concedido automaticamente pelo Estado, no entanto, a realidade está longe de ser a ideal. Desde as primeiras horas do ocorrido que a direção do Hospital e a própria família tentam buscar por um Médico Neurologista e não conseguem.
“De acordo com o Médico de plantão Dr. Ricardo, a paciente precisa de uma transferência com urgência pra um Hospital de Base. Ela precisa de um exame mas o procedimento só é feito em dias e horários específicos. Com isso, ela deve ficar por mais de 24h esperando para saber qual é a gravidade”, diz o Médico.
Esta é a realidade de descaso em que se encontram os Hospitais Regionais do Extremo Sul do Estado, que tem deixado famílias inconformadas e o Governo insiste em dizer que tem investido na saúde para população. O Hospital Regional de Eunápolis que é a referência para a oitava região, não tem leitos de UTIs e só tem Neurologista em horários específicos.
No caso da paciente foi passado dois fax, para Eunápolis e Porto Seguro, ambos foram negados, alegação, falta de vaga e de Médico Neurologista. Com isso o estado de saúde da paciente pode se agravar ainda mais. O que pode terminar com a sua morte.
O Secretário de Saúde Lucio de Oliveira França, manteve contado com pelo menos cinco hospitais, dentre eles, pariculares que não tinha Neurologista.