O Presidente da República, Jair Bolsonaro, em comum acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, bateu o martelo quanto à ampliação em R$ 200, para R$ 600 por mês, do valor do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família) e ao lançamento do auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000, batizado de “Pix Caminhoneiro”, para compensar a alta do diesel no Brasil. O UOL apurou que o ministro também apoia a ideia de dobrar o valor do auxílio-gás, hoje em R$ 53. Essas três ações, com um custo total estimado de R$ 29 bilhões, já estão sendo discutidas com os líderes dos partidos no Congresso.
A intenção do governo é passar as mudanças por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), juntamente com a proposta de estabelecimento de estado de emergência. A coluna apurou que o governo tenta articular a votação já na próxima terça-feira (2/06), no Senado. Afinado com o governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, também já teria se comprometido a votar a PEC antes do recesso parlamentar.
O estado de emergência geralmente é adotado em situações atípicas, incluindo pandemias. Em tese, a situação que o motiva ainda não é tão grave, nem está totalmente instalada. Em situações mais intensas, de maior desastre, é possível decretar estado de calamidade. Neste segundo caso, abre-se maior espaço para o governo manobrar recursos.
Na prática, o governo pretende adotar essas três ações no lugar da proposta, já em tramitação no Congresso, que prevê a compensação financeira aos estados que zerarem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis até o fim deste ano.