Julgamento dos acusados de matar casal Fabrício Trevizani e Marycélia em fazenda no interior de Guaratinga é suspenso.

Giro de Noticias - 13/09/2022 - 17:22


O júri popular dos acusados de matar o casal, Fabrício Trevizani e Marycélia Silva Bobbio, em 19 de outubro de 2017, em uma fazenda às margens da BA-283, na localidade da Escadinha, interior de Guaratinga, marcado para começar nesta terça-feira (13/09), no salão do Júri do Fórum de Guaratinga, foi suspenso por falta de jurados.

Os advogados de defesa dos acusados questionaram os nomes de alguns jurados e que foram destituídos do tribunal do júri e três jurados não compareceram. Com o número insuficiente para a formação do Conselho, o Juiz de direito Dr. Roberto Costa de Freitas Junior decidiu pela suspensão do julgamento e uma outra data será remarcada.  

A função de jurado do Tribunal do Júri, conforme texto do artigo 436 do Código de Processo Penal, é obrigatória e, caso seja convocado, o cidadão não pode recusar sob pena de sofrer multa. Em alguns casos, o cidadão pode ser isentado de cumprir a função de jurado, mas deve apresentar motivo relevante devidamente comprovado, demonstrar a ocorrência de hipóteses de força maior ou demonstrar justo impedimento.

As causas de suspeição ou impedimento para os jurados são as mesmas aplicadas ao juízes. As causas de impedimento dos juízes estão previstas no artigo 252 do Código de Processo Penal e têm relação com os vínculos objetivos do juiz com o processo.

Quanto as causas de suspeição, estas estão previstas no artigo 254 do mesmo Diploma Penal e se referem à relação do juiz com as partes de maneira subjetiva. Por fim, conforme texto do artigo 471, o julgamento será adiado caso ocorra impedimento, suspeição, incompatibilidade, dispensa ou recusa de jurados e não haja número suficiente para a formação do Conselho

Os réus acusados de matar o casal, Fabrício Trevizani e Marycélia Silva Bobbio, em 19 de outubro de 2017 e que cumprem pena no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, foram levados ao fórum de Guaratinga para o julgamento na manhã desta terça-feira dia 13 de setembro de 2022 e retornaram para o presidio logo que o julgamento foi suspenso.

Tanto na chegada quando na saída dos acusados houve manifestação de parentes e amigos que o chamavam de assassinos. Por se tratar de um duplo assassinato e que teve grande repercussão um grande aparato policial foi montado na frente e dentro do fórum.

Pessoas que quiseram assistir o julgamento tiveram que se escrever no site da justiça. Quarenta lugares foram disponibilizados e as pessoas tiveram que apresentar nome completo, endereço e um documento de identificação.  

Relembram o caso.

Fabrício Trevizani, de 34 anos e Marycélia Silva Bobbio, de 24, dormiam na fazenda em que moravam, às margens da BA-283, na localidade da Escadinha, quando foram surpreendidos por tiros disparados pelos assassinos da janela do quarto que dormiam.

Os criminosos teriam conseguido entrar na propriedade após fazer o caseiro refém. Também estava na casa o filho de Marycélia, na época de quatro anos, mas ele não foi ferido.

A acusada de ser o mandante do assassinato do casal Fabricio Trevizani e Marycelia Bobbio, no dia 19 de outubro de 2017, em uma propriedade, na zona rural de Guaratinga, foi ouvida no terça-feira 11/12/2018 no fórum de Guaratinga. Ela é acusada por duplo homicídio.

A jovem de 31 anos, Daniella Pinheiro de Souza, acusada de ser a mandante pelo duplo assassinato por homicídio triplamente qualificado, uma vez que, para matar o casal usou um motivo torpe, promessa de recompensa e usou de meio que impossibilitou a defesa das vítimas, foi hostilizada por parentes das vítimas, na chegada ao Fórum da Comarca de Guaratinga para a audiência.

O atual namorado da acusada confessou à polícia na época do crime em 2017, de ser o executor do crime e que matou o casal na companhia de mais quatro pessoas a mando de Daniella.

Apesar da acusada de ser o mandante do duplo assassinato ter negado os fatos, segundo o processo, há indícios de que ela acertou a morte dos dois com o seu namorado mediante promessa de que com a morte de Fabricio Trevizani com quem ela tem um filho, ela seria a principal beneficiada com todos os bens do ex-marido e o namorado teria uma boa recompensa.

Conforme o processo, as vítimas não tiveram possibilidades de defesa, pois foram surpreendidos dentro de casa numa emboscada armada pela mandante e mais cinco pessoas. No local, o casal foi surpreendido pelos disparos, sendo que Marycelia Bobbio acabou sendo morta por ser namorada de Fabricio e estar em companhia dele naquele momento e de ter anunciado que estava gravida de dois meses, o que deixou Daniella ainda mais preocupada.

O crime teria sido executado pelo namorado de Daniella, Jhonatan da Silva Teixeira, que é acusado de agir com outros quatro comparsas. Taniro Francisco Ribeiro, Eferson Queiros Santos e outro homem, que na época do crime tinha 17 anos.

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