Mais um pequeno produtor rural foi expulso de sua propriedade no interior de Itamaraju, no sul da Bahia, quando sua terra foi invadida por índios. Ele conta que vinha sofrendo ameaças por parte dos indignas, nesta quarta-feira,01/03, um grupo de índios chegou a propriedade e ordenou que ele e sua família deixassem a casa e seus bens e ir embora.
O pequeno produtor, Manoel Messias, conhecido por “ Léo erninha” dono da propriedade Santa Paula, contou que o grupo chegou a propriedade com ameaças e ordenou que ele deixassem a propriedade, “eu fiquei indignado com o que fizeram conosco. Retiraram a gente sem ter direito a nada. Em apenas 12h tive que pôr minha mudança em uma camionete e sair pela estrada e encostar em um canto fora da área, porque não tinha nem para onde levar”, relembra perninha
“Em uma noite perder tudo que conquistei com muita luta é muito difícil e não será fácil para sobreviver fora de minha propriedade. “Fico indignado, porque hoje estou sem rumo “conta.
O produtor também reclama da falta de incentivo por parte do governo. “Não tem nada pra ajudar a gente, só tem coisas pra gente pagar. E aí, como a gente vai fazer? A esperança é de que um dia isso mude”, desabafa.
As invasões de terras por indígenas e supostos índios já chegou há mais de 35 pequenas, medias e grandes propriedades só nos útimos dois anos. As invasões se concentram nos municípios de Prado, Itamaraju e Porto Seguro, no sul da Bahia.
Segundo os donos das propriedades invadidas, todas estão com pedidos de reintegração de posse. Os advogados reclamam na demora das decisões por parte da Justiça Federal. Enquanto
Um advogado ouvido pela reportagem alega que as áreas invadidas pelos indígenas não foram demarcadas, portanto, as invasões são ilegais e as terras pertence aos agricultores e lembra ainda que invasão de propriedade é crime.
A área aonde o produtor foi expulso é uma região de pequenas propriedades e com muita produtividade agrícola, como café, pimenta, gado de leite, gado de corte, cacau e criação de peixe. Alguns dos moradores contam que a área foi adquirida por avôs na década de 1940 há mais de 80 anos. A região está tensa e o medo tem tomado conta dos demais moradores que ainda estão em suas propriedades na região.