Durante os dias de chuva que atingiu região Sul do Estado, a estrada da Veracel, rota improvisada após interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, apresentou riscos crescentes a motoristas e moradores da região. Uma carreta tombou no desvio e agravou ainda mais o caos vivido pelos motoristas devido a lama que se formou no percurso.
A situação se agravou ainda mais, na manhã de sábado (17/05), quando uma carreta tombou no trecho da estrada da Veracel, utilizada atualmente como desvio alternativo à ponte interditada sobre o Rio Jequitinhonha, no km 661 da BR-101, em Itapebi, sul da Bahia.
O acidente ocorreu em meio às más condições da via e agravou os transtornos já enfrentados por quem depende do trajeto para se deslocar entre o sul e o extremo sul do estado. A carreta tombada ocupou parte da estrada, dificultando ainda mais o fluxo de veículos e provocando congestionamentos.
O trecho afetado é conhecido por ser estreito, com pista de barro e trechos escorregadios, sobretudo após as recentes chuvas que castigaram a região.O desvio pela estrada da Veracel passou a ser amplamente utilizado desde o dia 5 de maio, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) interditou totalmente a ponte sobre o Rio Jequitinhonha após identificar risco iminente de colapso estrutural.
A ponte, uma das principais ligações rodoviárias entre as regiões sul e extremo sul da Bahia, está inativa por tempo indeterminado, o que forçou a adoção de rotas alternativas. No entanto, a estrada da Veracel, projetada para tráfego leve e esporádico, não foi preparada para receber o fluxo intenso de veículos pesados, como caminhões e carretas.
O resultado é um cenário de precariedade, insegurança e lentidão, afetando o transporte de cargas, o deslocamento da população e o abastecimento de cidades vizinhas. Moradores, motoristas e lideranças locais cobram uma resposta urgente das autoridades para garantir uma solução viável e segura enquanto a ponte principal permanece interditada.
A expectativa é que o DNIT apresente nos próximos dias um plano emergencial para reconstrução ou substituição da ponte interditada, além de medidas paliativas para garantir a trafegabilidade segura no desvio atual.
A referida ponte interditada por risco de desabar vinha apresentando rachaduras desde 2017. Só agora, após uma ponte ter caído no nordeste e outras em risco, foi que o governo tomou a decisão de interdita-la. Mas não tiveram os cuidados de buscar alternativas com as mínimas condições de garantir o tráfico de veículos com segurança.
A decisão do governo em sugerir uma estrada de terra, escorregadia e muito estreita, para o grande fluxo de carros que passam pela BR-0-101 todos os dias, demonstra que não tiveram o mínimo de cuidado com a segurança dos caminhoneiros e pela integridade da população que depende desta rodovia diariamente.