Pastores da Igreja Maranata são presos no ES

G1-ES - 25/06/2013 - 09:27


Foto/Presbitério da Igreja Cristã Maranata foi interditado judicialmente, diz polícia (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)

ES- Os dez integrantes da Igreja Cristã Maranata (ICM) presos na manhã desta segunda-feira (24), entre eles o fundador, pastor Gedelti Gueiros, não têm prazo definido para sair da cadeia, segundo o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES). De acordo com o promotor de Justiça Paulo Panaro, os membros continuavam participando da administração e praticando crimes como estelionato de forma indireta.

Pastor Gedelti é detido em sua residência, na Praia da Costa (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)

Em maio, dezenove membros da Igreja Cristã Maranata, incluindo pastores, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MP-ES) pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e duplicata simulada. Eles teriam praticado desvio de dízimo da igreja, envolvendo uma movimentação financeira de R$ 24,8 milhões, segundo o próprio MPES. Antes, em março, Gedelti e outros três membros da ICM haviam sido presos por coagir testemunhas do inquérito que investiga a igreja.

Além das prisões, o interventor Júlio Cezar Costa foi destituído devido a indícios de íntima ligação com os denunciados, em especial com Gueiros. Um novo interventor foi nomeado para a instituição."Embora haja uma ordem judicial afastando-os da administração, os acusados continuavam praticando os mesmos atos ilícitos de forma indireta. Ficou claro que o ex-presidente da instituição continuava participando da administração, várias testemunhas prestaram depoimentos que relatavam essa participação", falou Panaro.

Quanto à destituição do interventor Júlio Cezar Costa, Panaro informou que foi constatada íntima ligação com os denunciados. "Uma das demonstrações de íntima ligação é o fato de que o próprio advogado que peticionou em nome do interventor também é o advogado de Gedelti Gueiros", disse.

Ainda de acordo com o MP-ES, a Justiça acatou toda a denúncia apresentada pelo órgão. "Há provas da materialidade dos crimes e indícios das autorias. Não se trata de uma cruzada religiosa, uma censura à manifestação de fé. Não se trata de nenhuma perseguição à Igreja Cristã Maranata, mas sim a essas pessoas que estão em sua administração praticando atos ilícitos", afirmou o promotor.

O novo interventor, Antônio Barroso Ribeiro, escolhido pela Justiça já foi da Igreja Maranata, mas está fora há mais de 10 anos. Segundo o promotor, ele conhece a doutrina e estrutura administrativa, mas vai ter que conciliar a fé com tais questões.

A prisão preventiva dos integrantes presos não tem prazo fixado em lei e por isso vai perdurar enquanto o juiz responsável pelo caso julgue necessário.

Presos

Além de Gedelti, que foi detido em casa, na Praia da Costa, Vila Velha; Antônio Angelo Pereira dos Santos, Antonio Carlos Rodrigues de Oliveira, Antonio Carlos Peixoto, Amadeu Loureiro Lopes, Carlos Itamar Coelho Pimenta e Jarbas Duarte Filho foram levados para o DPJ, passaram por exames no Departamento Médico Legal (DML) e foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisõria (CDP) de Viana. O pastor Arlínio de Oliveira Rocha teve prisão domiciliar decretada. Wallace Rozetti e Leonardo Meirelles de Alvarenga se apresentaram diretamente na delegacia, pela manhã.

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