Cacique preso com armas e munições na Aldeia Barra Velha no Sul da Bahia estava com caminhonete alugada por entidade que fraudou a Previdência

Giro de Noticias - 17/07/2025 - 18:41


O cacique Wellington Ribeiro de Oliveira, conhecido como Cacique Suruí, que foi detido no último dia 2 de julho, pela Força Nacional de Segurança, dirigindo uma caminhonete Toyota Hilux de luxo, com uma grande quantidade de armas e munições, aparece em meio a uma série de novas suspeitas.

Fontes do Informe Baiano relataram que a prisão, inicialmente motivada pela posse de armas de fogo, agora também lança luz sobre o possível envolvimento do líder indígena com uma entidade investigada por um dos maiores esquemas de fraude contra a Previdência no Brasil.

A caminhonete usada por Suruí no dia da apreensão das armas e munições estava registrada em nome de uma empresa privada que tem envolvimento com os descontos indevidos de benefícios previdenciários do INSS, mas, segundo o próprio cacique, o veículo havia sido alugada pela CONAFER — a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais e atua dentro das aldeias na região.

A entidade dona da caminhonete Toyota Hilux de luxo, é alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos de benefícios previdenciários, muitos deles de aposentados indígenas.

Além de Suruí, a caminhonete transportava dois adolescentes e um jovem maior de idade, todos cientes da presença do armamento. Dentro do veículo foram encontradas pistolas com numeração raspada, carregadores alongados e munições de diversos calibres. Em sua defesa, o cacique alegou que teria recebido as armas de familiares para entregá-las às autoridades, mas essa versão é tratada com ceticismo pelas forças de segurança.

A CONAFER, além de ser acusada de desviar recursos públicos, também estaria manipulando indígenas e estaria usando os benefícios materiais para obter apoio político.

A investigação revela que a confederação teria alugado veículos de luxo, como a Hilux usada por Suruí, além de pagar salários, bancar eventos, distribuir cestas básicas e financiar assembleias indígenas como forma de angariar apoio e expandir sua influência entre as comunidades.

Segundo relatos, o veículo utilizado por Suruí teria sido cedido por meio de um dirigente da CONAFER, o que reforça as suspeitas de um esquema de cooptação de lideranças indígenas para legitimar ações da entidade em regiões estratégicas.

Ainda segundo fontes do IB, a Polícia Federal agora apura se a atuação de Suruí que como liderança indígena estava sendo instrumentalizada por interesses da CONAFER e se houve uso indevido de recursos públicos com a finalidade de operar fraudes previdenciárias em larga escala.

O cacique segue detido, e tanto ele quanto a CONAFER, podem responder judicialmente. A expectativa é de que os desdobramentos da investigação revelem novas conexões entre lideranças indígenas, organizações de fachada e práticas fraudulentas envolvendo recursos destinados à população mais vulnerável do país.

Matéria do site informebaiano.com.br

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