Desembargador disse que a prisão de Milton Ribeiro e desnecessária e cassa prisão preventiva e solta ex-ministro.

Giro de notícias - 23/06/2022 - 09:23


Na tarde desta quinta-feira (23/06), o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi solto da carceragem da Polícia Federal (PF) em São Paulo. A princípio, conforme informações oficiais, ele foi solto por volta das 15 horas.

A liberdade do ex-ministro acontece após o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Ney Bello, cassar a prisão preventiva, que havia sido expedida ontem. A decisão de soltar Milton atende a um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro.

Ribeiro, investigado em uma possível corrupção passiva e prevaricação, foi preso pela PF na última quarta-feira (22/06). Ele é investigado juntamente com Gilmar Santos, Arilton Moura, Helder Diego da Silva Bartolomeu e Luciano de Freitas Musse, que também foram presos por suspeita de participação em um suposto esquema. Esses também deve ser soltos pela Polícia.

Além de uma suporta corrupção passiva e prevaricação, o grupo também é investigado por advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

Decisão do desembargador decide soltar Milton Ribeiro

O desembargador Ney Bello argumentou que Milton Ribeiro não integra mais o governo e que os fatos investigados não são atuais, portanto, não se justifica a prisão do ex-ministro da Educação.

“Por derradeiro, verifico que além de ora paciente não integrar mais os quadros da Administração Pública Federal, há ausência de contemporaneidade entre os fatos investigados – ‘liberação de verbas oficiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e do Ministério da Educação direcionadas ao atendimento de interesses privados’ – supostamente cometidos no começo deste ano, razão pela qual entendo ser despicienda a prisão cautelar combatida”, diz.

Antes de Ney Bello decretar a soltura do ex-ministro, o desembargador plantonista Morais da Rocha tinha rejeitado o mesmo pedido, alegando que a defesa não tinha apresentado os documentos que evidenciavam constrangimento ilegal na prisão.

O desembargador afirmou que a determinação deveria ser encaminhada, com urgência, à 15ª Vara Federal de Brasília, que decretou as prisões, “para imediato cumprimento e expedição dos alvarás de soltura”. A decisão vale até que o habeas corpus seja julgado pelo colegiado da 3ª Turma do TRF-1.

A Polícia Federal realiza a investigação contra o ex-ministro por conta de suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério. Na investigação realizada, há suspeita de cobrança de propina.

A operação da PF ocorre cerca de três meses depois do jornal “O Estado de S. Paulo” revelar a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores. A reportagem do jornal foi divulgada inicialmente no mês de março. As investigações até agora não apresentou provas de que o ex-ministro tenha de fato cometido atos de corrupção

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