A partir desta segunda-feira (13), o Pix automático, nova modalidade de pagamento do Banco Central, tornou-se obrigatório para instituições financeiras que oferecem o serviço. Lançada em junho de 2025, a ferramenta permite a automação de contas recorrentes, como água, energia, mensalidades escolares e assinaturas, sem custos para o cliente.
A obrigatoriedade visa ampliar o acesso à funcionalidade, que até então era opcional, beneficiando consumidores e empresas. A medida busca simplificar transações e reduzir a dependência de cartões de crédito.
A ferramenta permite que o usuário autorize a cobrança uma única vez, com pagamentos realizados automaticamente conforme regras predefinidas. Empresas de todos os portes, incluindo MEIs, podem aderir ao serviço, que promete maior agilidade em relação ao débito automático tradicional. Bancos e instituições financeiras devem estar preparados para oferecer a funcionalidade, que já está disponível em aplicativos e plataformas digitais.
A adesão ao Pix automático é vista como um avanço para modernizar o sistema de pagamentos no Brasil, especialmente para os cerca de 60 milhões de brasileiros sem acesso a cartões de crédito.
Como funciona o Pix automático
O Pix automático permite que empresas configurem cobranças automáticas após autorização do cliente, que pode ser feita via aplicativo bancário, QR Code ou site. O cliente define limites, como valor máximo ou uso de cheque especial, garantindo controle sobre as transações.
No dia do vencimento, o banco agenda e realiza o pagamento, notificando o cliente previamente. A frequência das cobranças pode ser ajustada para semanal, mensal, trimestral ou anual, conforme a necessidade.
O Pix automático elimina a necessidade de convênios específicos com cada banco, como no débito automático tradicional, simplificando o processo para empresas. Isso permite que negócios de pequeno porte, como MEIs, recebam de clientes de qualquer instituição financeira.
Para consumidores, a gratuidade do serviço é um diferencial, especialmente para quem não utiliza cartões de crédito. A ferramenta também reduz a chance de atrasos em pagamentos, já que as transações são automatizadas.
Requisitos para adesão das empresas
Empresas interessadas em adotar o Pix automático devem estar ativas há pelo menos seis meses, medida do Banco Central para prevenir fraudes. A contratação do serviço é feita diretamente com o banco ou instituição financeira.
Bancos podem cobrar taxas das empresas pelo uso do serviço, mas a expectativa é que os custos sejam competitivos devido à concorrência no setor financeiro.
O processo de adesão exige integração com sistemas bancários, mas a maioria das instituições já está preparada para oferecer suporte técnico.
Comparação com o débito automático
O Pix automático se diferencia do débito automático tradicional pela flexibilidade. No modelo antigo, empresas precisavam firmar acordos com cada banco, o que limitava a escalabilidade. Com o Pix automático, a cobrança é centralizada, permitindo maior alcance.
A ferramenta também oferece mais opções de personalização, como a definição de limites de pagamento pelo cliente. Além disso, a integração com o sistema Pix garante transações instantâneas.
A obrigatoriedade da funcionalidade reflete o compromisso do Banco Central em modernizar o sistema financeiro.
Impacto no mercado financeiro
A implementação do Pix automático deve impulsionar a digitalização de pagamentos no Brasil, especialmente em setores como utilities e educação. A expectativa é que a ferramenta alcance rapidamente milhões de usuários, dado o sucesso do Pix, que já processa bilhões de transações anuais.