Comissão do Senado aprova parecer pela admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma

redação - 06/05/2016 - 15:50


Com 15 votos favoráveis, 5 votos contrários e sem o voto do presidente, foi aprovado o parecer pela admissibilidade do pedido de impeachment. Agora a decisão tem de ser confirmada pelo Plenário.

Com a aprovação da comissão, o prazo é de 48 horas (sem contar o final de semana) para o parecer ser votado novamente, agora por todos os senadores no plenário do Senado. Assim, a votação deve acontecer na próxima quarta-feira (11). No plenário, é preciso o apoio da maioria simples (41 votos, se os 81 senadores estiverem presentes). O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão, não votou.

Anastasia afirmou que nesta fase o Senado discute apenas a admissibilidade do processo, ou seja, se há elementos necessários para a abertura do processo contra a presidente. "Estamos tratando só da admissibilidade, e ela se limita a termos ou não a presença da justa causa. Ontem eu falava a justa causa é a existência plausível de elementos típicos dos fatos narrados", disse o relator, que ainda afirmou estar com a "consciência tranquila".

Reunião começa com bate-boca e suspensão

A reunião começou por volta das 10h30 da manhã. Assim que o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), deu início aos trabalhos, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) pediu a palavra para reclamar de uma postagem nas redes sociais do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que seria contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e teria informações mentirosas, segundo Lima.

Lindbergh reafirmou a postagem, dizendo que falava sobre a retirada de direitos dos trabalhadores em um eventual governo Michel Temer. A afirmação gerou bate-boca entre os senadores. "O senhor está reiterando a infâmia", afirmou Aloysio Nunes (PSDB-SP). "Se sua assessoria fez isso, são cúmplices da infâmia". Nunes disse que Lindbergh iria responder no Conselho de Ética por isso.

Na sequência, após perceber que a campainha utilizada para pedir silêncio na sessão não soava tão alto quanto necessário, Raimundo Lira suspendeu a sessão por alguns minutos para que técnicos do Senado pudessem reparar o equipamento. "Vou suspender por 5 minutos enquanto troco essa campainha, que não está à altura desse momento histórico do Brasil", disse Lira.

Veja como votaram os parlamentares:

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)  -SIM

Ana Amélia (PP-RS)  -SIM

Antonio Anastasia (PSDB-MG) -SIM

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) -SIM

Dário Berger (PMDB-SC) -SIM

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) -SIM

Gladson Cameli (PP-AC) - SIM

Gleisi Hoffmann (PT-PR)  - NÃO

Helio José (PMDB-DF) - SIM

José Medeiros (PSD-MT) -SIM

José Pimentel (PT-CE) - NÃO

Lindbergh Farias (PT-RJ) - NÃO

Romário (PSB-RJ) - SIM

Ronaldo Caiado (DEM-GO) - SIM

Simone Tebet (PMDB-MS) - SIM

Telmário Mota (PDT-RR) - NÃO

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) - NÃO

Waldemir Moka (PMDB-MS) - SIM

Wellington Fagundes (PR-MT) - SIM

Zezé Perrella (PTB-MG) - SIM

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