
Indígenas da Aldeia Vale da Palmeira, que fica no interior de Porto Seguro, entre os distritos de Monte Pascoal e São João do Monte, ocuparam uma área de Eucalipto da Empresa Veracel Celulose. Eles atearam fogo na plantão e não aceitam mais atividades da empesa na área.
A ação dos indígenas que retomaram a área de plantio de eucalipto, recusam a presença da empresa e reivindicam a posse de suas terras ancestrais. Os povos indígenas Pataxó, contam que lutam há anos pelo reconhecimento e demarcação de seus territórios tradicionais, que segundo eles, foram ocupados por fazendas e grandes plantações de eucalipto ao longo do tempo.
Os indígenas da comunidade denunciam o "deserto verde" criado pela monocultura de eucalipto, que, segundo eles, causa impactos ambientais negativos, como o esgotamento de recursos hídricos e a perda de biodiversidade, afetando seu modo de vida tradicional e a sustentabilidade de suas terras.
A "retomada" é uma ação direta onde os indígenas ocuparam fisicamente a área em disputa e forçar a retirada da empresa, a ação resultou em derrubada e queimada da plantação de eucalipto como forma de protesto e pensam iniciar o replantio de espécies nativas.
Em um manifesto em vídeo divulgado a redação do Giro de Notícias, nesta segunda-feira, 17/11, uma liderança, Parajú Pataxó, chamou a atenção, ele fez críticas a empresa, outros Caciques e ao Cacique Aruã que é coordenador regional da FUNAI .
Parajú Pataxó, acusa lideranças e o coordenador de estar em conluio com Veracel. Ele conta, que nas outras propriedades retomadas, os caciques tem feito a colheita das culturas que estavam plantadas nas áreas, já no caso dele, tem alguns caciques que tem ficado contra ele e a favor da Veracel.
Diante dos fatos recentes, aonde um caminhão de eucalipto foi apreendido pela polícia militar e o motorista autuado em flagrante com acusação de que a madeira era furtada da Veracel, eles decidiram nesta segunda-feira, atear fogo na plantação e não aceitar mais a empresa adentrar na área.
Os indígenas declaram que a área citada pertence a eles e está sendo explorada pela empresa Veracel há anos.
A redação do Giro de Notícias não conseguiu contato com a Veracel Celulose e deixa um espaço para manifestação da empresa
