Dois índios acusados pela morte do Fazendeiro Raimundo Rodrigues, em 2014 no interior de Porto Seguro, Condenados pelo Tribunal do Júri da Subseção Judiciária de Eunápolis, estão soltos como conta familiares

Giro de Noticias - 18/03/2025 - 10:14


O julgamento inédito ocorreu na 1ª Sessão de Julgamento do Tribunal do Júri da Subseção Judiciária de Eunápolis foi realizada no último dia 17/02/2016 presidida pelo juiz federal Alex Schramm de Rocha. Na ocasião, foram julgados os réus Lourisvaldo da Conceição Brás e Valtenor Silva do Nascimento.

O Conselho de Sentença condenou os réus pelo crime de homicídio de Raimundo Domingues Rodrigues; ocultação de cadáver; sequestro e cárcere privado, considerando que o crime foi praticado por motivo torpe (vingança) e mediante emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificultou a defesa da vítima.

O réu Lourisvaldo da Conceição Brás foi condenado pelo crime de homicídio qualificado (mediante emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificultou a defesa da vítima).

Segundo a sentença do juiz federal da Subseção, a culpabilidade do réu foi devidamente comprovada, merecendo reprovação em grau alto, uma vez que ordenou que terceiro amarrasse a vítima, além de ter sido o responsável por lhe apontar a arma.

Presentes duas circunstâncias judiciais desfavoráveis, o magistrado aumentou a pena em 1/3 e fixou a pena-base em 16 anos de reclusão.

Com relação ao crime de ocultação de cadáver, fixou-se a pena base privativa de liberdade em um ano e 10 dias-multa. O crime de sequestro ou cárcere privado resultou em uma pena base privativa de liberdade em um ano de reclusão, totalizando 18 anos.

Em relação ao segundo réu Valtenor Silva do Nascimento, presente uma circunstância judicial desfavorável, o Juízo federal aumentou a pena em 1/6 e a pena-base foi fixada em 14 anos de reclusão.

Pelo crime de ocultação de cadáver a pena base privativa de liberdade foi fixada em um ano de reclusão e 10 dias-multa. O crime de sequestro ou cárcere privado valeu uma pena base privativa de liberdade em um ano de reclusão, totalizando 16 anos de reclusão.

RELEMBREM O CASO

O crime ocorreu no dia 09 de agosto de 2014, na Fazenda Brasília, situada na zona rural de Porto Seguro, a 707 km de Salvador. A disputa por terras tem provocado conflitos entre fazendeiros que ocupam a região há anos e a Funai, que quer ampliar as áreas indígenas.

O Ministério Público Federal (MPF) em Eunápolis, extremo sul da Bahia, apresentou uma denúncia contra dois índios Pataxós, Lourisvaldo da Conceição Braz e Valtenor Silva do Nascimento, de terem cometido homicídio doloso (com a intenção de matar) contra um fazendeiro da região, Raimundo Domingues Santos. Na denúncia consta que os Pataxós sequestraram o fazendeiro e o homicídio foi classificado como “vingança”, além da destruição e ocultação do cadáver.

De acordo com o inquérito da Polícia Federal, Raimundo Santos e Manuel Messias Cardoso, seu amigo, foram até a fazenda para o fazendeiro retirar alguns animais da propriedade. Desde 9 de agosto de 2014 o local, estava ocupado pelos indígenas da etnia Pataxós. De acordo com o amigo do fazendeiro, Lourisvaldo apontou uma arma para Raimundo e pediu que o outro índio acusado, Valtenor, amarrasse os seus braços e depois apertou o gatilho. Manuel Cardoso fugiu do local.

A Polícia Federal ainda não encontrou o corpo do fazendeiro, aumentando as suspeitas de que foi ocultado. O procurador da República Edson Abdon pediu que os indígenas fossem condenados pela prática de crimes de sequestro e cárcere privado, com pena de reclusão de dois a oito anos; homicídio qualificado por motivo torpe (vingança) e de forma que tornou impossível a defesa da vítima, com pena de reclusão de 12 a 30 anos; bem como destruição e ocultação de cadáver, com pena de reclusão de um a três anos.

Durante uma reportagem feita pelo Giro de Notícias, as filhas da vítima, Nubia e Leid Alves, disseram ter esperança de ainda encontra o corpo do pai.  Quase doze anos depois do desaparecimento do agricultor, o corpo não foi foi encontrado, apenas o veículo que Raimundo usava no dia do desaparecimento foi localizado.

O veículo uma caminhonete Volkswagen, modelo Saveiro, cor branca, Placa de Linhares-ES, foi encontrada em outubro do ano 2015, coberta com folha de coqueiro dendê, próximo do local onde Raimundo desapareceu.

Após dois meses de investigação a Polícia Federal flagrou em uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, Kainan que é sobrinha de um dos acusados conversando com a irmã Kaipunan, sobre a morte do agricultor.  No diálogo Kainan aos risos, diz, “mas o bom é que ele solte para todo mundo que ele contou para todo mundo, que foi ele, que matou o homem mesmo”. Ela confirmou as declarações em depoimento à justiça.

O Advogado da família do homem morto, IGOR SAULO FERREIRA ROCHA ASSUNÇÃO que hoje é Promotor de Justiça, pediu a condenação dos réus a pena máxima, que poderia chegar a 30 anos de prisão. Ele queria ainda, responsabilizar a FUNAI por omissão. Ele alega que se a FUNAI tivesse agido quando a família denunciou as ameaças feitas pelos índios, este episódio não tivesse chegado aonde chegou, com a morte do produtor rural, Raimundo Domingues dos Santos.

Lourisvaldo da Conceição Braz foi condenado a 18 anos de prisão e ficou preso no conjunto penal de Eunápolis, onde já estava aguardando o julgamento, já Valtenor Silva do Nascimento condenado a 16 anos de prisão pela morte de Raimundo, continuo em liberdade por ter sido beneficiado por uma decisão federal, mas logo a decisão foi caçada, mas ele nunca foi preso.

Ele havia sido beneficiado por um habeas corpus pelo Tribunal Regional Federal, em Braila e continuou solto até que foi que o recurso impetrado pela Funai em sua defesa foi jugado e desfavorável a ele.

Na época o Juiz federal Francisco Altiran Almeida Silva, disse que o julgamento dos dois índios acusados pela morte do agricultor, deveria acontecer até o fim do ano de 2015. Mas acabou ocorrendo no dia 17/02/2016, sendo presidida pelo juiz federal Alex Schramm de Rocha.

Os familiares não se conformam pelo fato do corpo do agricultor, Raimundo Domingues Santos, até hoje não ter sido encontrado e os culpados soltos e passíveis de cometer outras atrocidades, como invasões de terras e outros crimes.

Lourisvaldo da Conceição Braz, condenado a 18 anos, chegou a cumprir parte da pena, mas saiu em saidinha de final de ano e ano e segundo a polícia ele não retornou e ambos passaram ficar foragidos.

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Depois eles voltou e matou o pai do Neguim, o homem tava depressivo depois da morte do filho..... Encontrou só os orsos do filho, acabou completamente entrou em fases de doença todo depressivo.... Eles achou q não tava bom, invadiu a casa do homem matou o homem doente dentro de sua própria casa , tiraram a vida do filho e depois acabou com o pai, carleone e seu pai era gente boa todo mundo sabe eles não fazia mal a ninguém... Só que quem viver dentro da aldeia não tem coragem de fala a verdade


Cadeia nesse sassassinos esse valtenor é costumando matar mesmo ele também tava na morte do Neguim, do mesmo geito que ele fez com esse agricultor aii ele fez com o Neguim quando a família encontrou só os orsos, do mesmo geito eles fez com agricultor amarraram e matou o Neguim também sofreu foi amarrado também quando encontrou os orsos tava lá a corda amarrada no PAL e nos orsos o Neguim era a apelido dele mas é carleone o nome verdadeiro, o Neguim era gente boa, não fazia mal a ninguén ...