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O Ministério Público da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e as Polícias Civil e Militar cumpriram nesta terça-Feira, 1º de julho, mandados de prisão e busca apreensão contra suspeitos de integrarem facção criminosa com vinculo ao Comando Vermelho.
Um advogado de Serrinha, cidade a 180 km da capital Salvador, Heraldo Silva de Souza, foi preso durante a operação. De acordo com informações do MPBA, os integrantes do bando são suspeitos de participação em plano de fuga de dezesseis presos do Conjunto Penal de Eunápolis, a 530 km de Salvador, e de um atentado contra o diretor da unidade prisional ocorridos entre dezembro de 2024 e maio deste ano.
A Promotoria cita ter provas de que o advogado tinha papel importante no grupo criminoso, como cobrança de metas semanais para angariar fundos ao bando. “As investigações apontam que os alvos integram facção criminosa com atuação regional, vinculada ao Comando Vermelho, envolvidos em crimes de homicídio, associação para o tráfico e financiamento do tráfico de drogas.
Segundo as apurações, o advogado exercia papel ativo na estrutura criminosa, com envolvimento direto na gestão de recursos financeiros oriundos do tráfico de drogas, além de prestação de contas e cobrança de metas semanais de arrecadação. Há indícios de que o profissional teria auxiliado na articulação de ações criminosas, incluindo a fuga e o atentado”, diz trecho da nota do MPBA.
Ainda segundo a Promotoria, o compartilhamento de informações e investigações integradas entre a Polícia Civil e o Ministério Público resultou na identificação de envolvidos nos crimes na unidade prisional de Eunápolis e o ataque contra o diretor.
Os alvos são integrantes de uma facção criminosa envolvida não apenas nos episódios do Conjunto Penal de Eunápolis, mas também em homicídios e tráfico de drogas na região. Segundo a Polícia Civil, o avanço da investigação foi possível graças ao trabalho conjunto e ao compartilhamento de informações estratégicas entre os órgãos envolvidos.
“A Operação Dupla Face é resultado de meses de investigação e cooperação entre nossas instituições. Identificamos os autores intelectuais e operacionais desses crimes que atentaram contra a ordem pública e a segurança da nossa população”, afirmou um representante da Polícia Civil.
Segundo as investigações, o advogado teria participado ativamente da articulação da fuga registrada em dezembro de 2024 e do atentado contra o diretor do presídio, ocorrido em maio deste ano.
A operação continua em andamento, e novos desdobramentos podem ocorrer nas próximas horas. “A população também pode colaborar repassando informações verídicas para o Disque Denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Basta ligar 181, não precisa se identificar e o sigilo é garantido”, cita a nota enviada na manhã desta terça.
