WhatsApp
73 98118-9627
A jovem itabelense, Kelly Ferreira de Jesus, de 20 anos, diagnostica com hipertensão intracraniana idiopática, está há 52 dias inserida no sistema de regulação do Estado da Bahia, Surem, esperando por uma transferência para um hospital especializado no tratamento da paciente em Salvador. Segundo as informações obtidas pela mãe da paciente, a demora é por falta de vaga.
Segundo a mãe da jovem, Doriana Rosa de Jesus, a fila sentiu mal no dia 05 de agosto de 2023 e foi levada ao hospital Frei Ricardo de Itabela, onde ficou internada por três dias e foi liberada, vendo a filha com estado agravante, a mãe levou a paciente para o hospital particular Ramos em Eunápolis, onde foi feito exames e constataram a necessidade de passar por um Médico neurologista.
Após passara pelo profissional particular, a mãe foi orientada interna-la, foi ai, que a paciente foi levada para o hospital Regional de Eunápolis, no dia 11 de agosto de 2023, foi internada e iniciou-se, uma bateria de exames aonde foi contatado que a jovem está com hipertensão intracraniana idiopática.
Devido que a paciente tem a necessidade de uma Cirurgia de Angioplastia Intracraniana e só é feita em um hospital em salvador, a jovem foi inserida no Sistema de Regulação do Estado da Bahia, SUREM, no dia 28/08/2023, más até essa data, ela continua internada em Eunápolis e não foi transferida por falta de vaga do estado.
"Faz 52 dias que minha filha está esperando essa vaga. A vaga ainda não saiu, minha filha já perdeu a visão, sem o tratamento imediato, a visão pode ser perdida por completo, perdendo peso, têm cefaleias e náuseas diárias é necessária a cirurgia com urgência, já não sei mais o que fazer, peço a ajuda do estado”, disse a mãe Doriana Rosa de Jesus.
A demora na transferência da jovem, Kelly Ferreira de Jesus, não é um caso isolado, são muitos os pacientes do sistema público de saúde da Bahia que tem relatado dificuldades para conseguir transferências para hospitais do estado em casos mais raros como esse.
A situação da jovem não é muito diferente de outros pacientes com situação ainda pior. Muitos aguardam uma vaga em um hospital e a demora é tanta que acabam morrendo sem ser transferida.
Ainda segundo a mãe da paciente, Doriana Rosa de Jesus, a filha, Kelly Ferreira de Jesus, está muito bem assistida pelos profissionais do Hospital Regional de Eunápolis. Mas ali não tem as condições de realizar os procedimentos que a paciente necessita, para isso existem um sistema de regulação do estado, mas quase sempre não tem vaga para caso mais grave como esse.
O que é a hipertensão intracraniana idiopática
A hipertensão intracraniana idiopática é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). Ainda não foi determinado o que desencadeia o problema. As pessoas têm cefaleias diárias ou quase diárias, às vezes com náuseas, visão turva ou dupla, e ruídos dentro da cabeça (acufeno).
A hipertensão intracraniana idiopática é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). Ainda não foi determinado o que desencadeia o problema.
As pessoas têm cefaleias diárias ou quase diárias, às vezes com náuseas, visão turva ou dupla, e ruídos dentro da cabeça (acufeno). As imagens de cabeça são feitas para descartar possíveis causas do aumento da pressão, e é feita uma punção lombar.
Sem tratamento imediato, a visão pode ser perdida.
Perda de peso, diuréticos para reduzir líquidos no cérebro, medula espinhal e válvulas feitas periodicamente para reduzir a pressão podem ajudar, mas por vezes é necessária cirurgia.
(Consulte também Considerações gerais sobre a cefaleia).
A hipertensão intracraniana idiopática ocorre em apenas cerca de uma em cem mil pessoas, geralmente em mulheres durante seus anos reprodutivos. No entanto, entre jovens mulheres com sobrepeso, é 20 vezes mais comum. Como mais e mais pessoas estão apresentando sobrepeso, o problema está tornando-se mais comum.
Causas de hipertensão intracraniana idiopática
Ainda não foi determinado o que causa o aumento da pressão dentro do crânio. No entanto, certas pessoas são mais suscetíveis à hipertensão intracraniana idiopática por causa das veias grandes (seios venosos), que ajudam a drenar sangue de seus cérebros, serem menores do que na maioria das pessoas. Nessas pessoas, o sangue é drenado do cérebro mais lentamente, causando uma reserva de sangue que aumenta a pressão no cérebro e/ou dentro do crânio.
Não se sabe exatamente como o sobrepeso contribui para o aumento da pressão dentro do crânio. Mas o excesso de gordura no abdômen pode aumentar a pressão no tórax, e o sangue pode não fluir da cabeça para o tórax como faz normalmente. Portanto, a pressão no crânio pode aumentar.
Para a maioria das pessoas, o desenvolvimento de hipertensão intracraniana idiopática não pode ser rastreado para qualquer evento em particular. Em crianças, esse distúrbio surge às vezes depois que se interrompe o uso corticosteroides ou depois que são utilizados hormônios de crescimento. Às vezes o distúrbio surge depois que as pessoas tomam antibióticos à base de tetraciclina ou grandes quantidades de vitamina A.
A hipertensão intracraniana idiopática reincide em cerca de 10 a 20% das pessoas. Os médicos suspeitam de hipertensão intracraniana idiopática baseados nos sintomas e nos resultados do exame físico. Algumas vezes, os médicos suspeitam dela quando eles detectam papiledema durante um exame rotineiro com um oftalmoscópio.
Quando os médicos suspeitam de hipertensão intracraniana idiopática, eles examinam o campo de visão (a área inteira de visão que é vista fora de cada olho), incluindo a visão periférica. Eles também examinam o interior do olho com um oftalmoscópio se ainda não o tiverem feito.
Uma punção lombar (punção na coluna vertebral) é feita para medir a pressão do líquido cefalorraquidiano e analisar o líquido. Na hipertensão intracraniana idiopática, há aumento da pressão dos líquidos, muitas vezes em níveis muito altos. Geralmente o conteúdo do líquido é normal. Assim que o líquido cefalorraquidiano é retirado durante a punção lombar, a pressão dentro da cabeça diminui, os seios venosos podem se dilatar e mais sangue pode fluir do cérebro. Consequentemente, a cefaleia diminui.
Esses e outros testes podem ajudar a identificar ou descartar outras causas possíveis do aumento de pressão dentro do crânio (por exemplo, um tumor cerebral bloqueando os seios venosos).
