
Uma fala do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, repercutiu fortemente nesta sexta-feira (14), após ele comentar sobre a superlotação registrada em um corredor de um hospital da rede estadual. Segundo o governador, ao ser informado pela equipe de saúde sobre a situação, determinou que “mantivessem tudo exatamente como estava” e afirmou que, caso houvesse questionamentos, o Ministério Público deveria procurá-lo.
Durante a fala, o governador reforçou que a orientação seria manter os pacientes nos corredores, justificando que o problema não seria exclusivamente de responsabilidade do Estado. Jerônimo atribuiu parte das dificuldades aos municípios, apontando que muitos prefeitos estariam enviando pacientes diretamente para unidades estaduais sem realizar atendimento prévio ou sem manter os serviços locais estruturados.
A declaração abre espaço para um debate mais amplo sobre a sobrecarga do sistema de saúde, a responsabilidade compartilhada entre Estado e prefeituras e a necessidade de articulação entre as diferentes esferas de governo para evitar que situações como essa se repitam.
Especialistas do setor defendem que, apesar da pressão crescente nas unidades regionais, a solução passa por fortalecer a atenção básica municipal, aprimorar fluxos de atendimento e ampliar investimentos para evitar que os corredores se transformem em áreas improvisadas de assistência. Enquanto isso, a fala do governador deve continuar gerando discussões entre gestores, profissionais de saúde e órgãos de controle.
Será que alguém pode informar se já teve algum filho ou parente do governador na fila de um hospital público?